ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 28-6-2004.

 


Aos vinte e oito dias do mês de junho de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às onze horas e quarenta e três minutos, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Almerindo Filho, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Sebastião Melo. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Clênia Maranhão, Gerson Almeida, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Na ocasião, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando adequação do prazo de entrega de Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 018/04. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cláudio Sebenelo referiu-se ao Projeto de Resolução nº 071/04, que institui a Comissão Técnica de Assessoria Urbanística neste Legislativo, defendendo a contratação de pessoal qualificado para assessoramento dos trabalhos de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre e elogiando a capacitação profissional dos técnicos que trabalham nos diversos órgãos do Município. O Vereador João Antonio Dib discorreu a respeito de estudos elaborados pelo então Prefeito José Loureiro da Silva, em mil novecentos e quatorze, que posteriormente serviram de base para a criação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental do Município de Porto Alegre. Também, manifestou-se favoravelmente à contratação de técnicos para assessorarem na revisão do Plano Diretor, discordando, porém, em relação ao número de profissionais que devem ser contratados. O Vereador Ervino Besson convidou a todos para comparecerem à Sessão Solene, amanhã, às dezessete horas, em homenagem ao Dia do Panificador, que será realizada na Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados – SPAAN, mencionando que esse local foi sugerido pelo Sindicato da Indústria da Panificação do Estado, como uma maneira de se respeitar e valorizar a auto-estima dos idosos abrigados naquele asilo. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 3ª Sessão, os Projetos de Resolução nos 089, 090, 091, 092 e 093/04. Também, os Vereadores João Antonio Dib, Sebastião Melo e Cláudio Sebenelo manifestaram-se durante o período de Pauta. Na ocasião, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Luiz Braz, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Wilton Araújo abordou proposta de implementação de câmeras de vídeo para monitoramento de áreas no Município, a fim de que se aumente a segurança em Porto Alegre, sustentando que os níveis de criminalidade serão reduzidos com essa medida. Ainda, questionou os motivos pelos quais não foram finalizados estudos, pelos Governos Municipal e Estadual, para a implementação desse sistema de vigilância em Porto Alegre. O Vereador Sebastião Melo, justificando ser esse ano período de eleições municipais, contrapôs-se à continuidade dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Especial com o objetivo de reavaliar e discutir o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre. Também, discursou sobre a trajetória política do Senhor Leonel de Moura Brizola, falecido no dia vinte e um de junho do corrente, afirmando que suas idéias continuam vivas na memória do povo brasileiro. Às doze horas e trinta e um minutos, nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão abertos os trabalhos da 7.ª Sessão Extraordinária da 4ª SLO.

 

O SR. SEBATIÃO MELO (Requerimento): Srª Presidenta, eu quero fazer um Requerimento à Mesa, com o seguinte objetivo: há uma convocação extraordinária, conforme os jornais publicam, para tramitação da LDO. Nós havíamos recebido uma tabela de prazos para efeitos de emendas, ou seja, aqui na Pauta, ou seja, na Comissão. Então eu pediria que a nossa Diretoria Legislativa pudesse reformular esses prazos para que eu possa, dentro desses novos prazos, adequar as emendas que pretendo fazer.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Sim, a Mesa acolhe o seu Requerimento, e isso será realizado e entregue aos Vereadores com a maior brevidade possível.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, eu queria voltar a esse assunto que nos trouxe esta manhã, aqui, especialmente na relação com o Plano Diretor, e, dentre as questões, a questão da assessoria do Plano Diretor.

A cidade de Porto Alegre, ao longo da sua existência, formou técnicos, forneceu conhecimento, não só na universidade, como no exercício das profissões técnicas nas Secretarias que compõem a Prefeitura. Formou técnicos brilhantes, pessoas que moram na cidade de Porto Alegre, conhecem, profundamente, a cidade de Porto Alegre, e têm condições,  mesmo aposentados, de prestar a esta Cidade uma assistência, uma assessoria que, talvez, não encontremos em outra parte do mundo. São pessoas que, inclusive, são solicitadas a dar assessoria a cidades, como, por exemplo, contratados pela cidade de Caracas, pela cidade de Miami, pela cidade de Detroit, pela cidade de Toronto. São técnicos gaúchos, porto-alegrenses, que tiveram a sua formação nas nossas universidades e exerceram as suas profissões nas Secretarias desta Prefeitura, e que, por força da aposentadoria, passaram à inatividade na Prefeitura de Porto Alegre, mas continuaram nas suas profissões, lecionando e assessorando, e, muitas vezes, viajando o mundo inteiro por solicitação das outras Prefeituras, no sentido de que a assessoria, tão preciosa e tão competente, fosse contratada por essas cidades.

Pois, essas pessoas estão aí, muitas delas, evidentemente, assoberbadas de serviço e muito solicitadas, mas algumas poderiam ser buscadas como assessores de um assunto que, talvez, nós rotulemos, Ver. Gérson Almeida, como um dos mais importantes que estejamos tratando neste ano legislativo, que é a questão do Plano Diretor, para avaliação, especialmente, daquilo que disse o Ver. Sebastião Melo, que é de uma importância imensa para a Cidade. E nós temos, inclusive, uma massa crítica de conhecimento, e a própria Cidade, a reciprocidade entre os seus técnicos e o funcionamento do complexo imenso que nós chamamos de Cidade, fornece know-how,  fornece experiências novas, fornece, inclusive, conhecimento não só o conhecimento científico, mas esse conhecimento da relação, da intimidade com os Projetos, da proximidade. Porque o assessor, se ele não estiver próximo, se ele não tiver a sensibilidade fina, o feeling, a percepção, a psicomotricidade fina de quem vai desenhar uma Cidade, certamente ele não será aquele assessor que nós, como Câmara Municipal, desejamos.

É isso que eu gostaria de salientar neste meu pronunciamento,  da imensa quantidade de pessoas que já exerceram, muitas vezes, atividades nas Secretarias, que hoje são inativos municipais e  poderiam fornecer, pelo seu profundo conhecimento, pela sua experiência, pela sua intimidade, inclusive, com os problemas da Cidade, e não só com os problemas, mas com as necessidades e as necessidades de criações dentro da Cidade, dentro do complexo imenso que é uma Cidade, fornecer importantes contribuições. Por exemplo, na nossa questão viária, Porto Alegre tem grandes autoridades no assunto. Quem sabe, por esse viés, nós vamos buscar a solução desse problema.

(Não revisto pelo orador.)

 

 A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu não gosto de escrever; quando um amigo meu quiser brigar comigo, basta que ele insista que eu tenha de escrever um livro com as coisas que eu vivi. Mas, de vez em quando, eu arrisco escrever alguns comentários. E sobre o Plano Diretor, eu fiz uma meia dúzia de comentários.

O Plano Diretor, eu dizia no início, é a vida da Cidade. São as suas artérias, a circulação de seu sangue, o crescimento, o coração tranqüilo, o Plano Diretor cuida disso. A vida colocou-me ao lado de pessoas que fizeram o Plano Diretor. O Dr. José Loureiro da Silva, na sua segunda Administração, mandou para o Uruguai, que então era a Meca do urbanismo na América do Sul, Edvaldo Pereira Paiva e Ubatuba de Faria, para que fizessem, juntamente com o arquiteto Gladosch,  um Plano Diretor para a Cidade. Não aconteceu esse Plano Diretor que começava na história, em 1914, com Moreira Maciel, mas deixou o conjunto das coisas que deveriam ser tratadas.

Essa idéia de Comissão Revisora do Plano Diretor não é um fato novo. Assim que se instalou a Câmara Municipal, em 1947, a necessidade de um Plano Diretor era tão grande que foi criada uma Comissão Revisora do Plano Diretor. No Governo Meneguetti, começaram, então - aproveitando aquele estudo que havia sido deixado por Loureiro da Silva, do Plano Gladosch -, a fazer reuniões do Plano Diretor.

A partir de 1956, eu tive a oportunidade de acompanhar reiteradas vezes - o Secretário de Transportes era integrante do Plano Diretor e não era engenheiro,  eu fui seu assistente técnico -, e vi como foi elaborado. Ele foi aprovado, em 1959, na Administração Brizola, mas entrou em vigor, em 1961, na Administração Loureiro da Silva.

Portanto, a idéia de uma Comissão Revisora do Plano Diretor é correta, absolutamente certa, e assessoria para essa Comissão também é absolutamente certa. Eu nunca disse o contrário, eu só estou discutindo o número de assessores. Eu acho que as coisas têm de ser feitas com muita responsabilidade e com muita seriedade. E eu tento fazer, não estou dizendo que eu sou o único que faz isso, não estou dizendo que os outros Vereadores não são sérios, não são responsáveis; eu estou dizendo que tem de ser assim, e assim que eu tento ser. Eu ouço coisas que eu quero mudar e não quero mudar, mas eu sempre quis que houvesse três assessores. Nunca apresentei, até porque, nenhum Vereador pode apresentar proposição de um assessor ou de um cargo qualquer que seja, tem de ser a Mesa, somente a Mesa. Mas eu também sou atento, quando leio o art. 102, eu leio o caput e o § 4º.

Eu sou engenheiro civil de formação, mas um dia, o saudoso Dr. Angelito Aiquel olhou para mim, depois de um debate que nós tivemos, e disse: “Você é o jurista da Prefeitura, porque você é atento, você lê”. É o que eu faço! Eu poderia votar favoravelmente aos oito cargos de assessores propostos e mais a Emenda do Ver. Reginaldo Pujol, que terminaria em zero, absolutamente zero. Porque a Lei Eleitoral diz que 90 dias antes e 90 dias depois do pleito não pode nomear ninguém, não pode criar cargos. Então, eu estaria tranqüilo aqui, não precisava discutir com ninguém, não precisava brigar com ninguém, é só ler. E aí me atribuem coisas que eu não fiz, coisas que eu não pensei, coisas que eu não disse, mas eu sou atento. O que eu vou fazer? Sou Vereador? Sou! Eu tenho de fazer o melhor possível. Foi assim que eu ensinei para os meus filhos: na aula tem de tentar ser o melhor; não quer dizer que vai ser o melhor, mas tem de ter a convicção que tentou ser o melhor. Eu me sento ali, antes do início da Sessão, leio, cuido, confiro, somo, subtraio, divido, e chego às minhas conclusões. Então, aí, eu as defendo com convicção e com coerência. Portanto, é isso que eu queria deixar bem claro: ninguém disse que não há necessidade de assessoria. Há, sim. Mas o Executivo não mandou o que teria de mandar em matéria de Plano Viário e em matéria de alteração, de avaliação do Plano Diretor de 1999. Saúde e PAZ!

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pela TVCâmara, eu queria saudar a todos. Por meio de um Projeto deste Vereador, todos anos a Câmara Municipal presta homenagem ao Dia do Panificador, um Projeto de Lei aprovado por unanimidade dos Srs. Vereadores e Vereadoras desta Casa. E, no ano passado, por uma iniciativa brilhante da Direção do Sindicato da Indústria de Panificação do Estado do Rio Grande do Sul, presidida pelo competente Sr. Arildo Benech Oliveira, resolveram prestar homenagem aos velhinhos da SPAAN. Primeiro, foi feito um coquetel na SPAAN, onde este Vereador se fez presente; outros Vereadores também lá estiveram presentes, e, após essa homenagem à SPAAN esta Casa prestou uma homenagem ao Sindicato da Indústria de Panificação com o Dia do Panificador numa Sessão Solene.

E, este ano, a pedido do Sindicato, este Vereador entrou com uma proposição pedindo que esta Casa aprovasse - e foi aprovado por unanimidade -, que a Sessão Solene do dia de amanhã fosse feita na SPAAN.

Portanto, eu quero agradecer a todos os Vereadores e Vereadoras por terem aprovado essa iniciativa por unanimidade.

Amanhã, às 17h, será feita uma Sessão Solene lá na SPAAN - Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados, na Avenida Nonoai, nº 600.

Eu quero aproveitar esta oportunidade para convidar todos os colegas Vereadores e Vereadoras para comparecerem lá na SPAAN, pois será um momento em que a Câmara Municipal de Porto Alegre irá prestar uma homenagem aos nossos velhinhos e, sem dúvida, será um dia muito alegre para os nossos velhinhos.

A Sessão Solene, como eu já disse, será às 17h, na SPAAN.

Todos nós, um dia, vamos ficar velhos. Nós tivemos a oportunidade, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, pessoas que nos assistem pela TVCâmara, de ver a alegria daqueles velhinhos por receber essa homenagem, esse calor humano. Sem dúvida nenhuma, meu caro Vice-Presidente, Ver. Elói, amanhã esta Casa fará um belo trabalho. Vamos estar lá juntos, Ver. Elói, tenho certeza de que V. Exª se fará presente, dando alegria aos nossos queridos velhinhos da SPAAN, pessoas que necessitam de calor humano.

Mais uma vez quero, aqui, nesta tribuna, destacar de uma forma muito fraterna e carinhosa o Sindicato da Indústria de Panificação do Estado do Rio Grande do Sul por essa brilhante idéia. No ano passado, inclusive, além de o Sindicato ter prestado essa grande homenagem, ainda houve uma indústria, um moinho, que também fez uma doação de uma tonelada de farinha. E  a SPAAN ficou muito gratificada por ter recebido essa doação; vocês sabem que é uma entidade que luta com muita dificuldade. Esse tipo de doação, como outras tantas que a SPAAN recebe, é de grande valia para aqueles velhinhos.

Portanto, fica aqui, mais uma vez, para encerrar, minha cara Presidenta, o convite para amanhã, às 17h, irmos lá na SPAAN, abraçar os nossos queridos velhinhos e prestar essa homenagem. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

3.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 3392/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 089/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera o texto em vigor da  Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, instituindo gratificações de incentivo à produtividade e legislativa para os detentores  de cargos de Assistente Legislativo IV a VI.

 

PROC. N.º 3395/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 090/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera o texto em vigor da  Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, quanto à  classe de cargos de Assessor Legislativo. (Assistente Legislativo)

 

PROC. N.º 3398/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 091/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera o texto em vigor da  Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, quanto aos cargos da classe de Assessor Legislativo.

 

PROC. N.º 3399/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 092/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Lei nº 5.811/86, acrescentando artigo 53-B, que cria gratificação especial para funcionários que exercem atividades no Setor de Mimeografia, e dá outras providências.

 

PROC. N.º 3400/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 093/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera a  Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, dando nova redação ao seu art. 46, que dispõe sobre o exercício da atividade de condução de veículos automotores, e dá outras providências.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, de tudo o quanto foi dito, nós chegamos à conclusão de que há uma necessidade de assessoria no Plano Diretor, que deveria ter sido encaminhada a esta Casa, à sua avaliação, há mais de dois anos, e o Executivo não fez. Como também há quase três anos deveria ter chegado nesta Casa o Plano Viário, e o Executivo não mandou; mandou um arremedo de Plano Viário que não diz bem para a qualidade dos técnicos que a Prefeitura mantém lá na área de Urbanismo. Mas aí fica toda a dificuldade: uns querem oito, outros querem três. Ou, pelo menos, um quer três, eu quero que sejam três. E eu tenho absoluta convicção de que, com três assessores, nós resolvemos todos os problemas; tenho absoluta convicção de que, com três assessores, nós resolvemos todos os problemas!

Eu sou engenheiro civil, fui Assessor-Engenheiro, fui Diretor-Geral do DMAE, fui Secretário de Obras, e nessas posições assisti a centenas de sessões do Conselho do Plano Diretor. E assim mesmo não me considero apto a analisar todas as questões e dar parecer sobre elas.

Eu acho que há necessidade de pessoas que pensem exclusivamente em Urbanismo, para que se possam fazer alterações à altura das necessidades da Cidade. Eu disse, há poucos minutos, que o Plano Diretor é a vida da Cidade, é a circulação da Cidade. E o sistema circulatório humano e o sistema circulatório urbano são exatamente iguais: as grandes veias, as grandes artérias e os pequenos vasos. É o que tem na Cidade: grandes avenidas, grandes radiais, ruas secundárias, ruelas e becos sem saída. Isso precisa ser estudado por pessoas que entendam, que tenham vivência profissional em cima disso, e não que saibam generalidades e mais generalidades.

Não vejo nenhum dos Vereadores incapaz de entender o que está escrito, mas se ele tiver que se dedicar somente àquilo, ele não vai estudar a LDO, não vai discutir o Orçamento da Cidade e não vai discutir uma série de coisas que precisam ser discutidas a partir de 30 de setembro. Eu acho que fica claro. São necessários assessores? São. Quantos? No entendimento deste Vereador, três.

A Pontifícia Universidade Católica indicou meia dúzia de pessoas absolutamente profissionalizadas por áreas para assessorar o Plano Diretor. Foi entregue o ofício ao Presidente da Comissão do Plano Diretor; se ele não chamou, eu não sei por quê. Mas eu não posso duvidar de pessoas com título de Mestrado e Doutorado se propondo espontaneamente a ajudar a resolver o problema do Plano Diretor. Aliás, a Sociedade de Engenharia sempre fez isso. Então, não tem novidade aí no que está sendo feito. Espero que a Emenda que eu propus, de três assessores, seja aprovada, fazendo a criação de três cargos, para que, no próximo ano, em um concurso público, os melhores apareçam para permanentemente estarem acompanhando, independentemente de haver Projeto de Lei, independentemente de haver alterações no Plano Diretor, acompanhando e dando ciência aos Srs. Vereadores, que os 19 assessores da primeira análise do Plano Diretor - mas aí era o Plano que ia ser constituído - não fizeram grandes coisas para nós todos, é verdade; poucos deles eram, realmente, os urbanistas que nós sonhávamos que eles fossem. Saúde e PAZ!

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Exma Srª Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores que estão nesta Sessão Extraordinária, pronuncio-me em Comunicação de Líder, porque o assunto que trago aqui não faz parte da Pauta destas três Sessões Extraordinárias; é um assunto que a gente já vem trabalhando há bastante tempo e queremos trazer a visão do PPS. Trata-se da importância das câmeras de monitoramento eletrônico para a segurança na cidade de Porto Alegre - Verª Helena Bonumá, ex-Secretária da área da Segurança no Município de Porto Alegre. Lembro que esta Casa vem tratando o assunto há vários anos, mas no início do ano passado, em mais uma etapa desta discussão, foi realizada uma Audiência Pública em que foram convidados todos os interessados, ou seja, a Secretaria de Justiça e Segurança do Estado; a Secretaria do Município, comparecendo a Verª Helena Bonumá; toda a cúpula das polícias estaduais; o CDL, enfim, aqueles que a gente entendeu necessários e que aceitaram o convite para a Audiência Pública. Todos foram unânimes: com cuidado e com estudo, há a necessidade de se implementar essa ferramenta, que, na mão da segurança pública, tanto do Município quanto do Estado, é eficaz e que faz com que o policiamento tenha desdobramentos e possa, um só policial, ser comparado ou considerado, segundo a Brigada Militar, equivalente a 12 outros brigadianos na Cidade.

Com esse entendimento, com essa necessidade, a cidade de Porto Alegre já fica a se perguntar: mas, por que, até o momento, não houve a implantação dessas câmeras no Centro, nos bairros, nos locais de maior circulação de pessoas para que se possa diminuir, minorar os assaltos que estão acontecendo na cidade de Porto Alegre? Há, sim, toda uma discussão social - por que ocorrem os assaltos? Por que há o desemprego? Agora, dizer e não implementar uma ferramenta eficaz para combater a criminalidade, não há como a gente entender! Se naquele momento o Município havia, inclusive, disponibilizado a sua rede de fibra ótica e um local no Centro da Cidade para que isso pudesse ser executado - não há como entender a demora. Há também a vontade, a disposição do CDL e outros órgãos de, até, financiarem total ou parcialmente esses equipamentos. Não há como entender, portanto.

Eu queria deixar bem claro, aqui, que desde aquele momento, a idéia tem sido recebida com entusiasmo pela Secretaria de Justiça e Segurança do Estado. Mas talvez só o entusiasmo não tenha sido suficiente para que estudos sejam feitos e finalizados. Nesses dias, fomos convidados e comparecemos na BrasilTelecom, junto com uma empresa multinacional, que agora não lembro o nome, que tinha um equipamento exatamente para esse tipo de coisa e que era muito bom, por sinal, dentre outros; há vários.

Só quero saber como é que o Governo do Estado não está vendo isso, Ver. Sebastião Melo, embora eu saiba que há sensibilidade por parte do Governo do Estado. Eu não sei como não foi implantado ainda, e é isso que a cidade de Porto Alegre procura e pergunta ao Governo do Estado.

Está na hora de o Governo do Estado tomar o caminho da execução, e essa é, fraternalmente, uma cobrança que a Bancada do PPS faz para que este Governo, que eu sei que está interessado, apresse o passo para que a cidade de Porto Alegre possa ter, finalmente, esse monitoramento de forma experimental, em um primeiro momento, e, em um segundo momento, de forma definitiva. Não há mais como ver esta Cidade e sentir os cidadãos amedrontados. Isso vai melhorar, não vai resolver, nós temos consciência, mas vai melhorar, sim. O PPS tem posição firme e cobra, com fraternidade, do Governo do Estado, mas cobra, porque eu acho que é aí que vai fazer a diferença; quando nós terminarmos esse estudo, quando concluirmos essas tratativas, se é a empresa A, B ou C, não interessa, eu quero ver as câmeras no Centro e nos bairros desta Cidade. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para discutir a Pauta. Desiste. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu volto a esta tribuna, mas não para discutir cargos, porque eu acho que há coisas mais importantes na Cidade a serem discutidas. Portanto, não me vou ater a esse tema, porque acho que esta é uma falsa discussão, salvo melhor juízo;  se são dois, três, quatro, cinco ou seis cargos.

Primeiro, é possível se dizer o seguinte, Ver. João Antonio Dib: é verdade que o nosso Plano de 1999 é uma carta genérica, a qual estabeleceu prazos para que o Executivo Municipal mandasse para o Legislativo as várias legislações atinentes ao desdobramento da carta maior, que é o Plano Diretor.

Eu vou dar exemplo, Ver. João Antonio Dib. V. Exª defendeu com ardor, aqui, que não se deveria acabar com a área rural da Cidade. Quero dizer que, se eu aqui estivesse, Ver. Ervino Besson, eu também teria essa posição. Porque o Rio Grande do Sul, Estado extraordinário, Capital maravilhosa, hoje, tem 70% dos frutos hortigranjeiros consumidos na Cidade não oriundos do Rio Grande do Sul. E o cinturão verde da Cidade, cada vez mais, não existe. E a especulação imobiliária foi adentrando pelos bairros Ponta Grossa, pelo Chapéu do Sol, pela Av. Edgar Pires de Castro, pelos bairros Lajeado, Canta Galo, Belém, pela Av. Juca Batista, e por tantos outros locais.

Mas a questão da área rural, por si só, não resolve. Há de haver uma política, nessa área, para o Município. E eu acho que essa é uma questão do Plano Diretor, Ver. João Dib.

Mas vamos sair da área rural e vamos para a questão viária. A Lei estabeleceu, lá atrás, um prazo do traçado viário, e ele não se concretizou. Portanto, o Executivo está em falta com a Cidade; antes da Câmara, está o Executivo.

Srª Presidenta, eu não conhecia a Argentina; conheci-a há pouco tempo. Quando cheguei lá, peguei um táxi e fui para o bairro Porto Madeira, pois já havia ouvido falar trinta, quarenta vezes sobre a integração do rio com a cidade de Buenos Aires. E fiquei encantado. Mas eu quero dizer, com toda a tranqüilidade - não pelo bairrismo, pelo gauchismo -, que o Lago Guaíba é muito mais bonito que o Rio da Prata. É muito mais bonito! Portanto, integrar o Lago Guaíba com a Cidade é uma obra urgente, necessária, no sentido de colocar, ali, um espaço cultural, gastronômico, preservando a questão histórica. Mas, tendo um Projeto, Ver. João Dib, que transfira o Porto para o bairro Navegantes, mantendo a sua atividade econômica e pegando ali, atrás do Palácio do Comércio até a nossa querida Usina do Gasômetro, desenhando-se para ali uma forma de integrar o Lago com a Cidade.

Tudo isso e tantas outras coisas têm a ver com o Plano Diretor. Então, eu não vou, Presidenta, com todo o respeito, diminuir a discussão do Plano Diretor, discutindo se são dois, três, ou quatro cargos. Por favor, não vou fazer isso. Eu acho que há uma questão muito maior e mais relevante, nesta Cidade, a ser discutida.

Eu até me sinto constrangido, pois se há uma coisa que esta Casa tem de bom é o fato de ser muito correta. Ela não tem despesas exageradas; eu não vejo, aqui, graças a Deus, nenhum escândalo; eu não vejo viagens, eu não vejo coisas que possam denegrir o Legislativo, porque é do jeito da nossa gente de Porto Alegre, que nos elege e que sabe que o que nós estamos fazendo aqui não é nenhuma obrigação. Ser correto, na política, não é nenhuma obrigação! Não usar a máquina pública, não é nenhuma obrigação, é o dever de quem exerce! Mas, nesta Casa, nas poucas vezes que alguém se excedeu, pagou muito caro por isso.

Presidenta, requeiro o meu tempo de Liderança, para dar continuidade ao pronunciamento.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Concedido, Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Portanto, Ver. Ervino, eu volto a dizer, eu defendo muito, vou continuar defendendo, que tenhamos um gabinete de assessoramento superior, que seja fruto de concurso público, e que todo e qualquer Vereador desta Casa possa ouvi-lo para discutir projetos econômicos, sociais, de planejamento. Eu quero dizer o seguinte, com todo o respeito, Verª Helena, eu acho que nome de rua, de praça, tem de  ser acessório no mandato, não pode ser carro-chefe, e o que eu vejo é que o Legislativo, muitas vezes, se perde em uma discussão histérica com este tipo de coisa enquanto a rua está clamando por outras coisas, que são da habitação, que são da segurança pública, que são do planejamento urbano, e essas coisas parecem que não têm nada a ver. Têm tudo a ver! Eu creio que o eixo, muitas vezes, nos Legislativos, faça-se justiça, não é só este.

Portanto, acho que esta é uma discussão muito interessante e quero reafirmar a certeza absoluta, Srª Presidenta, de que, atrasadamente, nós estamos criando uma comissão de assessoramento. Este é um ano eleitoral, um ano que não deveria casar com revisão de Plano Diretor. Tenho posição firmada no ano passado e neste ano: se pudermos fazer isso no ano que vem, quem sabe, é melhor, ou, no mínimo, suspender no período eleitoral.

Eu queria, neste último tempo, Ver. João Bosco, a V. Exª especialmente e ao Ver. Ervino, dizer que pretendo, na tarde de hoje ou na quarta-feira, fazer um pronunciamento sobre a vida de Leonel Brizola. Mas quero, nestes três minutos, dizer algumas coisas, Ervino. Sabemos que o que justifica a caminhada terrena e a caminhada política não são os discursos, são as práticas políticas.

O Brizola foi um homem que traduziu o seu discurso para a prática política. Quando ele foi Prefeito desta Cidade, deixou grandes marcas, especialmente no Planejamento e na Educação, e um povo educado é um povo que escolhe melhor os seus destinos, o seu rumo.

O Brizola, quando foi Governador, investiu em centenas, para não dizer em milhares de colégios em locais onde, se não fosse o Brizola, não chegaria a escola. Essa é uma marca deste que foi um extraordinário homem público. Ele teve, Ver. João Bosco, aquilo que hoje está em extinção, que é a coerência. Essa palavra na política, hoje, está em extinção. E vale para o conjunto.

O Brizola sempre preferiu estar ao lado do povo. Vejam, por exemplo, que ele apoiou o Presidente Lula, e todos nós sabemos disso. Mas, quando o Presidente Lula começou a se desviar daqueles caminhos que assumiu como compromissos com o seu povo, o que fez o Brizola? Deixou de apoiar o Lula e ficou com o povo. Saiu do Governo.

Eu não sei se foi o Moacyr Scliar, não sei quem disse, mas disseram  que o século XX terminou com a morte do Brizola, porque se completou um ciclo da vida política.

Por isso, nós, do PMDB, queremos deixar consignada aqui a nossa solidariedade aos companheiros do PDT. Eu acho que o País não foi justo com o Brizola. As elites se aliançaram para não deixar o Brizola ser Presidente da República. Essa é a grande verdade.

E acho, João, e acho, Ervino, que, na primeira eleição livre que houve depois da ditadura - que era para ser em 1988 e acabou a ditadura fazendo um acordo e prorrogando para 1989 -, fizeram uma grande aliança, escolheram o adversário, escolheram quem iria ganhar a eleição – e ainda escolheram o adversário – e acabaram tirando o Sr. Leonel Brizola da Presidência da República. Este País, com certeza, hoje seria outro. Teria tido um traço completamente diferente.

Portanto, com ele, que foi Prefeito aqui, que foi Governador do Rio Grande do Sul, que foi Governador da Guanabara, acho que o Brasil hoje seria outro, se o Brizola tivesse sido Presidente da República.

Se a caminhada terrena do Brizola aqui terminou, continuarão vivas as suas idéias e os seus projetos entre nós, para as gerações futuras, e as suas idéias haverão de fazer com que este País seja um País mais justo.

Hoje há milhões de brasileiros que nem sequer têm casa, muito menos um prato de comida. Essa foi a luta do Brizola, para que essas pessoas tivessem comida, para que essas pessoas tivessem casa, para que essas pessoas tivessem educação, tivessem cidadania e dignidade. Essa foi a luta deste líder. Essa é a nossa luta, e a causa que nos faz lutar pela política. Portanto, foi-se o Brizola na vida terrena, mas continuam as suas idéias mais vivas do que nunca na luta e na alma do povo brasileiro, gaúcho e porto-alegrense. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz solicita Licença para tratamento de Saúde no período de 28 de junho de 2004.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidente e Srs. Vereadores, eu queria continuar, dentro da nossa Pauta, falando sobre a questão das assessorias. Essas assessorias que darão, no Plano Diretor, todo o seu conhecimento, todo o seu esforço, no sentido da prevenção dos problemas da Cidade e da solução dos problemas da Cidade. É urgente que as assessorias tragam até nossa Prefeitura as soluções, dentro do Plano Diretor, da nossa questão dos alagamentos. E, quando falo da questão dos alagamentos, e falo, evidentemente, dos bairros de Porto Alegre comprometidos com os alagamentos, falo também de uma visão da Cidade inteira e do direcionamento da Cidade em relação a esses problemas trazidos, por exemplo, com a intempérie. A água que desce pela Av. Teixeira Mendes até a Av. Dr. Nilo Peçanha é um rio caudaloso, violento e que já causou os piores sinistros e as maiores tragédias. No mínimo, na Av. Teixeira Mendes esquina com a Av. Dr. Nilo Peçanha cinco pessoas já morreram. E isso é uma questão do Plano Diretor; já existe a verba e a solução dos técnicos aponta para as bacias de contenção, quando, na verdade, isso é uma meia-sola em um sapato que já está velho e estamos precisando de um novo. Mas ninguém, até hoje, disse quanto custa a mudança dos encanamentos. Não há um orçamento na Prefeitura em relação à mudança de encanamento. Todo o mundo diz que é muito caro! Mas não há uma previsão orçamentária, não há um orçamento, não há uma avaliação, inclusive, dos técnicos em relação à mudança, especialmente naquele grande eixo que desce do mais alto da Av. Protásio Alves até a Av. Nilo Peçanha, cuja cota é muito alta.

Nós queremos saber quanto custa a substituição dos encanamentos esclerosados, ora diminuídos no seu calibre pelo uso do material inadequado, ora pela questão da bocas-de-lobo - que V. Exª também conhece, Ver. Besson -, e ora pelas questões de envelhecimento e esclerose desses canais, com o uso, deposição e erosão daqueles morros, que passam todo o produto dessa erosão pela luz daqueles túneis de concreto arredondados. Pois esse calibre está alterado, não é mais o adequado. Nós precisamos notoriamente da mudança dele. E não adianta fazer só a bacia de contenção, utilizando inclusive as estruturas das praças e inutilizando-as como um bem público. Nós precisamos de uma mudança mais radical, uma cirurgia maior, mas definitiva, no restabelecimento das drenagens das águas. No Rio de Janeiro é nas águas de março, aqui é nas águas de agosto e setembro, quando nós temos verificado a perda de vidas preciosas - isso deveria ser revisto  pelo Plano Diretor. Isso faz parte de um Projeto, faz parte de uma assessoria, de uma prevenção que nós não podemos abrir mão.

Acho que está na hora de executar essa contratação, independentemente de ser ano eleitoral ou não, porque nós precisamos, permanentemente, desse tipo de assessoria. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão encerrados os trabalhos da 7ª Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h31min.)

 

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